Escudo do NaNoWriMo

Eventos Literários: NaNoWriMo

Fala galera do Papo de Autor! Como eu sou o cara dos eventos aqui no site, me dispus a falar um pouco sobre o tal NaNoWriMo, essa sigla gigante que mais parece nome científico de algum inseto tropical. NaNoWriMo significa na verdade National Novel Writing Month, ou, em português claro, Mês Nacional da Escrita de Romances… or something like that. O NaNoWriMo não se encaixa bem como um evento; está mais para um acontecimento, promovido por uma organização americana de mesmo nome, com o intuito de estimular os autores a pararem de enrolar e escrever. Nada de desculpinhas esfarrapadas como eu tenho que trabalhar para pagar as contas ou não tem ninguém para cuidar da minha filha; para de enrolar e vai escrever! Não vai me dizer que você dorme entre meia-noite e as seis da manhã? Dormir é para os fracos e fracos não publicam livros!

Escudo do NaNoWriMo

Saia da inércia

Brincadeiras à parte, o NaNoWriMo ajuda os autores a saírem da inércia e a começarem a escrever. A proposta é manter uma rotina de produção diária, medida pela quantidade de palavras escritas. A meta é atingir um texto com 50.000 palavras até o dia 30 de novembro. Os autores cadastram as suas obras no site (https://nanowrimo.org/) e a maratona começa a contar dia primeiro de novembro. Existem fóruns de discussão entre os participantes, dicas sobre escrita e motivação, e muito mais. No final, caso o autor alcance a meta, eles dobram… digo, eles emitem um certificado bem legal indicando que a pessoa sobreviveu ao NaNoWriMo, o que convenhamos é um feito a ser comemorado e parabenizado.

Existem algumas regrinhas que podem ser lidas no site para garantir que a organização não distribua certificados para qualquer malandro. Fato é que esse tipo de iniciativa tem ajudado muitos autores a transformarem o seu sonho em realidade. Como eles próprios dizem: oferecemos a estrutura, a comunidade e o encorajamento para ajudar as pessoas a encontrarem a voz, atingirem as suas metas e criarem os seus mundos.

Novembro = NaNoWriMo

 

Rotina

Uma das coisas mais difíceis para um escritor é arranjar tempo e criar uma rotina de escrita; o bom e velho sentar a bunda e escrever. Perceba que como a meta é objetiva, número de palavras, ninguém está avaliando a qualidade do texto em si. Essa é uma questão que o autor deve se preocupar, mas algo que pode ser deixado para mais tarde. E o que isso quer dizer? Quer dizer que no primeiro momento, quando o autor estiver planejando escrever uma dada história, ele deve se render às ideias e à criatividade; deixar fluir e despejar tudo o que vier a mente, sem medo ou vergonha. Mais tarde, depois que o texto e a sua cabeça descansaram, volte para reler o material e comece o verdadeiro trabalho de lapidação. Sem dúvida, muita coisa vai ser cortada e reescrita, mas é assim mesmo.

Essa é apenas uma estratégia de escrita. Não é a melhor, nem a pior, mas é uma, e foi descrita por um tal de Stephen King no livro Sobre a Escrita, onde ele narra um pouco de sua trajetória e fala dicas preciosas. Não é um manual para escrever um best-seller. Ele próprio cita que o método pode não servir exatamente como descrito para todos os autores do mundo, mas é algo que pode ser adaptado e no mínimo vale como curiosidade. Eu próprio não sigo ao pé da letra a proposta dele. Mas convenhamos que sempre que ouço as pessoas comentarem sobre o NaNoWriMo penso no livro de Stephen King. Penso também em todos os autores mundo à fora teclando e rabiscando, desesperados para bater a meta. Eu confesso que não tenho mais idade para essas aventuras…

Autores do mundo inteiro reunidos em prol de uma única meta: atingir as tão sonhadas 50.000 palavras

Ficções Live: A literatura fantástica na escola

Fala galera do Papo de Autor! Nesta décima edição do Ficções Live, Paulo Vinícius também será um dos convidados, pois o assunto será leitura na escola. E não qualquer leitura! Literatura fantástica e como ela pode mudar a visão sobre livros de nossos adolescentes. Enéias Tavares é um dos autores mais bem sucedidos em fazer esta ponte entre clássicos da literatura e a literatura contemporânea e até chegou a criar um projeto para incentivar a leitura de autores do século XIX. Vai ser uma edição diferente porque o mediador da live vai ser o nosso querido Rafael Ferreira. Tenho certeza de que o debate será muito bom.

Scream for me, Cólegio Carrão!

Eventos Literários: Dicas #5

Fala pessoal do Papo de Autor! Esse é o quinto e último post da série sobre dicas de como participar e tirar o máximo de proveito dos eventos literários. Nós já tratamos sobre a localização e o dia do evento, a temática e a importância da mesa e também um pouco sobre marketing e vendas. Hoje o assunto atende a uma pergunta que nos fizeram no último post: eventos valem a pena para quem só publicou em e-book? Spoiler Alert… Valem sim!

Scream for me, Colégio Carrão!

 

Tornar tangível

Quando a Amazon chegou ao mercado brasileiro em 2012, a autopublicação era um grande matagal. Eram poucos que conheciam o serviço e se interessavam em lançar um e-book. Hoje o problema é bem o inverso: são tantos títulos que o leitor se perde para encontrar algum em especial. Ficou ainda mais difícil para um autor iniciante e independente se destacar no meio dessa multidão virtual. Não vou me meter nessa seara agora, ainda mais sabendo que existem vários materiais muito interessantes sobre o assunto no próprio site Papo de Autor; basta dar uma procurada. Agora, existe sim algo que o auto de um e-book pode fazer para tentar tirar proveito da visibilidade que um evento literário proporciona.

Como já foi dito anteriormente, a primeira coisa que deve ser feita é abstrair a vergonha, pois apesar de o seu livro ser virtual, você autor é bem real. Você será a capa do seu livro, e todos sabem como a capa de um livro é importante para as vendas. Distribua marcadores, faça cardbooks, com links e QR Codes que levam o leitor direto para o site de venda do e-book, tire muitas fotos e converse com as pessoas. Se puder, imprima um teaser com os primeiros capítulos do livro e o venda a um valor módico. Venda, pois para muitos, algo que é dado não tem valor, mas algo comprado, nem que a um custo muito baixo, tem o caráter de um investimento que deve ser desfrutado. Pense nisso, inclusive, quando estiver vendo a curva de downloads subir exponencialmente naquela semana em que disponibilizou o seu e-book de graça no site. Muitos o pegaram por ser de graça, mas, infelizmente, sequer vão lê-lo…

LER – Salão Carioca do Livro. Mesa de debate patrocinada pela KDP da Amazon. Pergunta para o Diogo Andrade, o Thiago d’Evecque e a Kel Costa se ter e-book os afastou dos eventos.

 

Transmídia

Outro movimento bem interessante que tem marcado o mercado literário, especialmente no gênero de fantasia, é o advento da transmídia. E o que seria isso? Um modo inteligente de ganhar mais dinheiro com a mesma história, contando-a de diferentes maneiras em diferentes mídias. Um livro, que vira filme, que vira desenho animado, que vira série de TV, que vira quadrinhos, que vira videogame, que vira álbum de figurinha, que… já deu para entender. E como um mero moral pode se aproveitar dessa ferramenta? Com criatividade, é claro. Muitas das coisas que eu citei custam dinheiro, mas outras nem tanto, se feitas do modo certo.

Fazer contos que expandam o mundo de sua história é tão batido que nem vou perder tempo com isso; apenas faça! Agora, um mangá ou HQ já seria algo bem mais interessante. Se não sabe desenhar nada além de um boneco palito como eu, procure artistas de verdade e proponha uma parceria com uma divisão justa de lucros. Nada de sugerir que o artista faça algo de graça; não há nada mais ofensivo para alguém do que ter o seu trabalho desvalorizado a ponto de alguém vir e pedir que ele o faça sem cobrar nada.

Outra opção bem legal para quem é do gênero de fantasia é criar uma aventura de RPG que se passe no mundo de sua história. Recentemente fiz uma parceria com um grupo de mestres profissionais e pude atestar o resultado. Todas as pessoas que jogaram a aventura depois vieram correndo atrás do livro. Todas. A aventura funcionou perfeitamente como um teaser para o livro. Então, procure saber qual seria o melhor sistema que se encaixaria com a sua história (ou invente um!) e desenvolva uma aventura com personagens já definidos para ser jogada durante o tempo de um evento, ou seja, algumas horas. Coloque o material nas mãos de um mestre experiente que saiba o que está fazendo e depois só espere para ver a magia acontecer.

Marcos Justen do Covil dos Mestres narrando a aventura no mundo de Passagem para a Escuridão

 

Eventos virtuais

No último post, quando perguntaram sobre como autores de e-books poderiam aproveitar os eventos, a nossa querida autora Karen Soarele, com muita propriedade, comentou que existem os chamados eventos virtuais, que por sinal, também funcionam muito bem para aqueles com livros físicos. Eventos virtuais nada mais são do que lives para aproximar autores e leitores, com o intuito de divulgar trabalhos e muito mais. Esse é um movimento recente, possível graças a disseminação de tecnologias como o streaming e a banda larga. Não é à toa que vemos hoje em dia o surgimento de tantos podcasts e canais do Youtube sobre tudo e qualquer assunto que se possa imaginar. Ficou muito fácil para qualquer um ligar uma câmera, abrir o microfone e começar a falar, na esperança de que alguém do outro lado se interesse pelo seu conteúdo.

Falar sobre lives e canais do Youtube pode soar como coisa de blogueiro, mas a verdade é que cada vez mais os autores estão descobrindo que chegar aos leitores, fazer seguidores, é algo essencial para quem deseja se manter no ramo. Iniciativas como o Diário de Escrita, ou lives onde o autor debate com seus leitores sobre temas abordados em seus livro são cada vez mais comuns, e quando bem feitos, podem alavancar vendas e angariar novos seguidores, algo que no mundo analógico nós chamávamos apenas de fãs. E o que seria um fã, um seguidor? Alguém disposto a gastar seu tempo e dinheiro com algum conteúdo que o autor produza.

Ninguém precisa ser um super star da internet para se preocupar com o seu número de seguidores.  Um estudo recente, mostrou que para alguém sobreviver de conteúdo não é preciso um quantidade astronômica de seguidores. Basta fazer um cálculo rápido; para se ter uma renda de R$ 60.000,00 ao ano, seria preciso que 1500 pessoas estivessem dispostas a lhe pagar R$ 40,00. Óbvio que esse cálculo rasteiro precisa de muito refino, mas essa é a ordem de grandeza das coisas. Também não estou dizendo que é fácil… apenas que não é tão impossível assim =)

Processo de escrita de um livro
Processo de escrita de um livro

Ficções Live: AVEC Editora

Fala galera do Papo de Autor! Em mais uma edição da série sobre editoras indies, Paulo Vinícius vai receber o Artur Vecchi, o homem por trás de uma das editoras mais versáteis e criativas dos últimos anos, a Avec. Para ajudá-lo nessa tarefa, ele conta com a presença da companheira Priscila Caraça Mantovani, do Leitura Mania, que conhece muito do catálogo da editora. Vamos saber mais a respeito das origens da editora, de como ela buscou estabelecer-se no mercado, sua escolha por publicar scifi e fantasia e como eles tem lidado com a crise.

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Feira Literária Fantástica

Fala galera do Papo de Autor, em especial o pessoal de São Gonçalo e região:
Em 29 e 30 de setembro teremos Fantasia Brasil no São Gonçalo Shopping. Literatura Fantástica, Swordplay, RPG, bate-papos, BoardGames e muita diversão. Teremos a presença de autores como Gabriel Tennyson, que acabou de lançar seu romance Deuses Caídos pela Suma Editorial, além de grandes editoras de RPG e fantasia como a New Order e a Jambô, cheias de novidades para vocês.

Vejam os detalhes e chamem os amigos!

Programação
Dia 29/09 – Sábado, de 10 às 20h
Feira Literária durante todo o período
• 10 às 20h – Feira Literária Fantástica e produtos geek-nerd
• 11h às 14h – Arena de SwordPlay
• 15h – Mesa de bate-papo: Diogo Andrade, João Paulo Silveira (TLB), Saymon César (TLB) e Ana Lúcia Merege (Draco) falam sobre “Distopias e Sagas Fantásticas”
• 17h –Palestra sobre RPG – Como jogar e como mestrar? – por Matheus Barcelos (Barcelos, O Taverneiro)
• De 10 às 19h – Mesas de RPG e BoardGames


Dia 30/09 – Domingo, de 14 às 20h
Feira Literária durante todo o período
• 14 às 20h – Feira Literária Fantástica e produtos geek-nerd
• 14h às 15h – Oficina “Design de Personagens para Fantasia e Ficção Científica” – Bruno Stepheson
• 15h – Mesa de Bate-papo: Diego Ribeiro modera a mesa de debates, com Gabriel Tennyson (Suma Editorial), André Regal (Acervo Books), Cristina Pezel (Mundo Uno Editora). Tema “Verossimilhança e literatura fantástica – o desafio do escritor para criação de mundos que encantem o leitor”
• 17h – Oficina de Quadrinhos com Ruan Vitor (RZE Comics), autor de “O Bombeiro Mascarado” – Público infanto-juvenil
• De 14 às 19h – Mesas de RPG (Convidados especiais: Covil dos Mestres – RPG)

 

Fantasia Brasil em São Gonçalo
Karen encarnando a elfa na World RPG Fest

Eventos Literários: Dicas #4

Fala pessoal do Papo de Autor! Esse é o quarto post sobre dicas de como participar de eventos literários. Nos posts anteriores eu já falei sobre a localização e o dia do evento, e também sobre a temática e a importância da mesa como forma de vitrine para o trabalho do autor. Porém, a promoção do livro vai muito além de uma mesa bem arrumada ou uma capa estilosa. A figura do autor é uma peça fundamental nessa engrenagem.

Karen encarnando a elfa na World RPG Fest

 

Vestido para a ocasião

Para quem não sabe, em cada evento deve existir um portal bem atrás da fachada da entrada com os dizeres: Abandone toda a vergonha aquele que por aqui entrar. Uma mesa atraente sem dúvida chama muito a atenção. Mas sabe o que chama ainda mais? Alguém com uma armadura de EVA e uma espada de madeira imensa na frente dela. Ou uma fada de asas de borboleta e um mago de manto e barba branca. Esses são apenas exemplos de cosplays dentro do gênero de fantasia, mas a ideia pode ser empregada como preferir. A questão aqui é chamar a atenção dos visitantes do evento, e como ficar gritando não seria nada agradável, temos a opção de se vestir e agir como um personagem.

Mesmo que as pessoas não conheçam o personagem em questão, uma fantasia interessante desperta a curiosidade. Não se espante se alguém vier apenas para tirar fotos com você; aproveite para comentar que está fantasiado de fulano, o protagonista do seu livro. Se a conversa não engrenar, sua foto vai aparecer na rede e peça para ser marcado. O mundo está todo conectado.

Saladino Tpish, o necromante leal e bom

 

Vale lembrar que a não ser que saiba costurar e bordar, você precisará de um cosmaker; ninguém menos que um estilista de fantasias. Encontrar um não é difícil. O pessoal que curte cosplay em geral é bem receptivo e divertido. Estão sempre dispostos a ajudar um novato, inclusive indicando um ou outro cosmaker.

Escolhido o cosmaker, sua próxima preocupação é o valor do investimento no cosplay. Como tudo na vida tem um preço, o mesmo se aplica ao cosplay. Materiais e acessórios mais ricos ou fantasias de design mais complexo tendem a ser mais caros. Uma boa dica para baratear o custo, seria ir construindo o personagem com o tempo: a cada evento você apareceria com alguma novidade no figurino.

Assim, se quiser (ou puder) encarar esse desafio, assuma o papel, brinque, puxe papo com estranhos, tire muitas fotos e aproveite demais esse momento. Se depois disso tudo, você não tiver vendido nem um mísero livro sequer (o que duvido muito), ao menos terá se divertido.

Galera do cosplay, pronta para a ação

 

Aprendendo a vender

Vamos a uma verdade nua e crua: muitos leitores compram o livro pela capa. Mas em eventos literários essa máxima ganha outra roupagem: muitos leitores compram o livro pelo autor. Ou seja, naqueles instantes de conversa, enquanto o autor desenrola uma rápida sinopse do livro que lhe consumiu tanto suor e lágrimas, o leitor está na realidade avaliando se vai com a cara dele ou não. Não estou entrando no mérito se isso é certo, errado, justo ou não. Estou dizendo que isso acontece e que os autores que almejam o sucesso devem estar preparados para enfrentar essa situação, ao invés de gritar e xingar que ninguém se interesse pela sua super trilogia inacabada.

A economia nos diz que devemos saber lidar com a escassez. Ninguém chega rasgando dinheiro em um evento literário. Então, o leitor deve selecionar bem onde ele vai investir a sua merecida grana. Se por alguma bênção divina, ele já estiver predisposto a adquirir um livro nacional, vai encontrar uma grande variedade a sua disposição. Nesse caso, muitos acabam escolhendo levar para casa aquele livro do autor simpático que o recebeu com um sorriso, conversou sobre a feira, riu de suas piadas, tirou fotos e tudo mais. O leitor teve uma experiência agradável com aquele autor. Vai segui-lo em suas redes sociais e muito provavelmente pode até a virar um fã de seu trabalho. Tudo por que o autor se importou em ouvir e reagir ou invés de cuspir falas prontas feito uma máquina de telemarketing.

Como já comentei, tenha um bom pitch de vendas pronto na manga. E o que seria isso? Nada mais do que uma sinopse curta e que contenha as informações que mais causem impacto ao seu público alvo. Seu livro é de romance, fale sobre os romances na trama; seu livro é sobre fantasia, mostre o que ele tem de diferente dos outros milhões que tem por aí; seu livro tem batalhas, descreva com emoção. Esse vai ser apenas o gancho para iniciar a dança. Como eu já comentei também, as pessoas não estão realmente interessadas em um monólogo. Então, depois de lançar o seu discurso matador, pare e converse com ela. Vai ver que o resultado será mais eficiente do que ficar vinte minutos tentando explicar sobre cada personagem e cada trama do enredo super intrincado do seu livro. É bem mais provável que ela se entedie no meio e até desista…

Venha para a minha mesa… senão…

Ficções Live: Editoras Indies

Fala pessoal do Papo de Autor! Nesta oitava edição do Ficções Live, Paulo Vinícius dará continuidade ao  especial sobre editoras indies. Dessa vez ele vai conversar com o Mário Bentes, que trabalha na Lendari, para saber um pouco mais sobre a editora e quais os seus principais projetos. A Lendari nasceu da experiência de um autor independente que conhece muito bem a dificuldade de autores estreantes consolidarem seu nome no mercado literário, principalmente em fantasia e ficção científica.

Ficções Live: Editoras Pequenas

Fala galera da Papo de Autor! Nessa edição de Ficções Live, Paulo Vinícius vai iniciar uma série de vídeos sobre editoras indies, ou seja, editoras de pequeno e médio porte que não tem todo aquele espaço na internet para que possamos conhecer seus interessantes trabalhos.

No primeiro episódio dessa série, Paulo vai receber a Clara Madrigano e a Anna Fagundes Martino, fundadoras da editora Dame Blanche. Elas vão contar como nasceu a editora, qual é a proposta inovadora delas e falar um pouco sobre planos e projetos. Ah, e até como se faz para publicar com elas!

Imperdível para nossos amigos escritores!

Karen Soarele na CCXP 2018

Eventos Literários: Dicas #3

Fala pessoal do Papo de Autor! Estou de volta para mais um post sobre dicas de como participar de eventos literários. No post passado, falei sobre a localização do evento, o dia do evento e até sobre o clima. Dessa vez, o assunto será a temática do evento e sobre a mesa do autor. A mesa é o centro de operações do autor em dia de evento e deve estar bem posicionada e preparada para ajudá-lo a enfrentar a batalha de vender. Então, pegue seus livros e marcadores e venha comigo!

Karen Soarele na CCXP 2018

 

Do que se trata o evento?

Essa é uma boa pergunta e por trás dela se escondem alguns preconceitos. Algumas conclusões empíricas também. Sou um autor de fantasia e como muitos que também escrevem nesse gênero, assim como Ficção Científica e afins, curto o universo Geek e Nerd, curto RPG, quadrinhos e tudo mais. Com base nisso, podemos supor que um bom local para se vender livros de fantasia seria em um evento Geek, um evento de RPG ou uma feira de quadrinhos. Tenha cuidado, para não cair no canto da sereia. Muitos desses eventos realmente atraem um bom público, são bem localizados e possuem uma boa infraestrutura, mas a verdade é que essa galera não está indo para o evento atrás de um livro; eles querem tirar fotos com os cosplayers e gastar seu rico dinheirinho em camisetas do Thanos, Funkos ou qualquer outra besteira geek do momento. Essa é a dura verdade.

Muitas vezes um evento desse não se paga para um autor de fantasia, então se ainda quiser participar de algum evento cuja temática não seja de literatura propriamente dita prepare-se para um eventual prejuízo. No mais, aproveite para tirar muitas fotos, fazer o bom e velho networking e se divertir.

Vale lembrar que apesar disso tudo, existem eventos que fogem da curva, como é o caso da ComicCon Experience (CCXP). O público desses eventos gigantes é tão grande e variado que as mesmas regras não mais se aplicam. Isso e o fato da galera que gasta uma grana para participar de uma CCXP da vida já está com o mindset preparado para abrir a carteira e investir em autores desconhecidos. Ou seja, se tiver a oportunidade de colocar as mãos em uma mesa de autor em uma CCXP, não a largue de jeito nenhum!

Quem resiste a uma foto com o Mestre Arsenal?

 

Mesa: o centro de tudo

A mesa do autor é o ponto de apoio e o stand de vendas, por isso mesmo, quanto melhor localizada e arrumada melhor. Em geral, quando o autor fecha a sua participação no evento ele recebe uma planta baixa simplificada do local, apontando as mesas disponíveis. Nesse momento, procure escolher uma mesa em locais onde o fluxo de pessoas tende a ser maior. Mesas de esquina, perto de lojas ou de outras atrações tendem a atrair mais o público. Não tenha medo de ficar próximo a outros autores de seu gênero; a união faz a força!

Como já comentei no post anterior, pergunte sobre a infraestrutura do local. Saiba as dimensões da mesa, se existem pontos de energia disponíveis para carregar o celular ou a maquininha de cartão, se o local é coberto e protegido do sol, se terá ar-condicionado e, por último, quantas cadeiras estão dentro do pacote. Esse número começa a fazer sentido em eventos que praticamente duram o dia inteiro. Em geral o autor pode levar algum acompanhante para ajudá-lo, o que vem bem a calhar nas paradas para o lanche e as idas ao banheiro. Por sinal, procure sempre que possível trazer lanches e garrafas de água de casa… sei que isso não tem nada a ver com mesas, mas já que comentei a respeito, vale lembrar que os preços das lanchonetes nesses eventos são de cair para trás.

Citei aqui várias perguntas que qualquer autor deve se preocupar quando o assunto é a localização e os detalhes da mesa. Se lembrar de mais alguma questão relevante, não se intimide e pergunte aos organizadores. Mesmo se a mesa for grátis, o autor estará investindo o seu tempo e seu marketing pessoal, o que hoje em dia tem bastante valor.

Exemplo de uma planta com a distribuição das mesas para autores

 

Outro assunto referente às mesas tem um caráter mais estético. As mesas são como vitrines e como tais merecem uma atenção especial. Para se ter ideia, as lojas que mais vendem investem pesado no design e disposição de suas vitrines. Esse é o cartão de visitas da loja e o mesmo pode ser dito sobre as mesas dos autores. Claro que o maior responsável pelo sucesso é o próprio autor, que deve receber o público com um grande sorriso e um bom pitch de vendas, mas não podemos descartar o poder de uma mesa bem arrumada, cheia de atrativos e com produtos em destaque.

Já ouvi autores que gostam de colocar tags com os preços em bem à mostra, outros que gostam de escrever em papelão e caneta no melhor estilo feira. Outros ainda preferem nem colocar os preços, na espera de que isso desperte a curiosidade e estimule o comprador a perguntar. Confesso que eu ainda não formei uma opinião a respeito. Na dúvida, faça a sua própria experiência.

Uma coisa que sei por certo é que um bom mix de produtos, aliado a outros bibelôs, são ótimos para atrair a atenção do público. Camisas, canecas, marcadores e chaveiros customizados com o tema de seus livros é um bom começo. O gênero fantasia abre as portas para bijuterias temáticas e até estatuetas de dragões ou guerreiros medievais. Não gaste toda a sua imaginação escrevendo o livro; vai descobrir que vendê-lo também merece uma boa dose de criatividade.

Qual a mesa que chama mais atenção?

Ficções Live: Amazon Unlimited

Fala galera do Papo de Autor! Uma novo vídeo chegando fresquinho aqui para vocês… bem, talvez não tão fresquinho, mas com certeza inédito aqui no site. Hoje, o editor do blog Ficções Humanas, Paulo Vinícius, conversará sobre um tema importante para novos autores: o Amazon Unlimited. O que é? Como funciona? Como se cadastrar? Qual a sua importância? Para responder a essas perguntas, ele convidou dois autores que fazem muito sucesso com a auto-publicação na Amazon: Diogo Andrade (autor de A Canção dos Shenlongs) e Karen Álvares (autora da duologia Inverso/Reverso, Alameda dos Pesadelos, Horror em Gotas). Vai ser um episódio essencial, tenho certeza!