Conte um pouco de sua vida para nós. De onde você é? Qual é a sua formação? Qual gênero escreve?
Meu nome é Waldir Leonel dos Santos, sou nascido e criado na zona sul de São Paulo, tenho 32 anos, sou casado e pai de um meninão lindo.
Sou engenheiro eletricista com ênfase em eletrônica, técnico em eletrônica e mais alguns cursos voltados para área de eletrônica e TI.
Eu escrevo Terror e suspense, dando preferência para o terror. Estou tentando colocar algum drama em uma roupagem mais soturna, e pretendo lançar em 2020 um livro mostrando a saga de uma família em um mundo pós apocalíptico.
Acredito que um pouco desse preconceito sofrido pelo terror é motivado pela crença que terror é só gore, sustos e morte. O terror pode ser plano de fundo para a história de superação de personagens, a evolução de uma trama, entre outras coisas. E pode ser só gore, sustos, sangue e morte também, uma coisa não exclui a outra.
Além de escritor, você tem outra profissão? Quando você escreve? Sua profissão influência de alguma maneira seus textos?
Trabalho como Especialista em tecnologia em uma emissora de televisão. A influencia da profissão, na minha opinião, é clara na questão técnica das situações. Estudo muito cada cena para tentar levar ao leitor descrições e fatos os mais próximos da realidade possível. Leio livros de anatomia, tento conversar com médicos, advogados, mecânicos e qualquer profissional que me ajude a deixar tudo o mais perfeito possível.
Quando decidiu publicar seu primeiro livro? Quais fatores contribuíram ou dificultaram sua estreia literária?
Ser escritor era um sonho longínquo e, confesso, um pouco apagado em minha mente. Por volta de dois anos atrás, revirei alguns textos que escrevi quando mais novo e foi terrível (risos). O texto estava mal escrito, sem coesão e com personagens rasos e cinzas demais. Algum tempo depois me veio a ideia do meu primeiro romance escrito, o “Flor de Sangue” e eu decidi começar a escrever novamente. A minha maturidade, tanto como homem quanto como leitor, fez o texto sair um pouco melhor. Eu vi que existia uma evolução na minha escrita, e isso significava que, treinando bastante, eu possivelmente escrevia algo bom.
Entender isso me animou bastante; comecei a escrever contos, inscreve-los em antologias e disponibilizar para amigos… e quando vi, todo dia eu sentia a necessidade de escrever um pouquinho, era como se cada palavra escrita matasse minha sede por literatura.
Ser um escritor iniciante já é um fator que complica bastante as coisas. Ser um escritor iniciante e sem público é ainda mais difícil. Dizer que os brasileiros leem pouco é besteira. O publico existe, e mesmo se apenas uma pequena porcentagem de nossa população ler, ainda é um numero alto de leitores, devido as dimensões do nosso país. Resta a nós, escritores iniciantes, tentar cativar ao máximo o publico e entregar um livro a altura dos nossos futuros leitores, um livro que não fique devendo em nada a um Best-Seller.
O que contribuiu bastante foram as leituras criticas positivas e eu ter bastante amigos. Isso ajuda muito, pois sei que uma certa quantidade dos livros será vendida, eles ajudarão com a divulgação e me apoiarão. Agora é tentar criar um público fiel nesse difícil e igualmente delicioso mundo literário brasileiro. Ser selecionado em antologias também ajudou bastante, pois mostrou que meus textos tinham algum valor.
Você se inspira em algum autor? Por quê?
Tento não me inspirar, mas a influencia desses autores são inegáveis: Sidney Sheldon, Stephen King, E.A. Poe, Lovecraft, José de Alencar e Pedro Bandeira.
Sou influenciado por eles porque os leio muito. Tento absorver cada frase que me fez ficar preso a seus livros, e mudar o que me incomodou durante a leitura.
De onde surgiu a ideia para seu livro mais recente? Sobre o que ele fala?
O meu livro que será lançado no dia 07/09 na Bienal do Livro (Estande da Jambô) é o Flor de Sangue, e conta a história de uma Serial Killer pelo seu ponto de vista.
A ideia surgiu quando minha esposa e eu estávamos reformando o apartamento (quando ela ainda estava grávida) e fizemos alguns orçamentos para pintar a parede do imóvel. Os valores cobrados foram absurdos, e brinquei com ela acerca dos ingredientes usados naquela tinta. Dali pra frente, criei os personagens (dois irmãos da periferia) e os motivos (nobres ou não) para os assassinatos.
Flor de Sangue:
Eles irão vencer à custa de suor e sangue, mas não o deles.
O pão era repartido ao meio, moravam de favor e pareciam ser amigos íntimos do azar. Tudo muda quando Margarida descobre que pode usar seus conhecimentos médicos para transformar seu irmão, um pintor de paredes sem pretensões, em uma das maiores promessas artísticas do país. Mentiras e assassinatos perversos envolvem a cabeça da jovem doutora, que fará de tudo para conseguir sua ascensão social.
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Insta: @WaldirLsantos
Link dos livros:
https://jamboeditora.com.br/produto/flor-de-sangue/
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